sábado, 10 de abril de 2010

Saudações!


Ainda que eu não seja filho de Farroupilha, assim como os imigrantes italianos que subiram a serra em 1875, também o fiz cerca de um século depois. Nasci em Santo Ângelo, capital missioneira e, seguindo os rastros da família desembarquei em Farroupilha, que de forma tão intensa quanto os seus invernos, me acolheu, tornando-me homem, cidadão e educador.


Hoje minha identidade cultural é a soma da cultura italiana e gaúcha, embasado nos valores familiares, no trabalho, no conhecimento e no respeito à diversidade cultural humana. Não sei ser outro que não esse, com essa visão do mundo e das relações humanas.


Certo dia perguntaram-me no que trabalharia se não fosse professor?

Respondi prontamente: Não saberia fazer outra coisa, que não o oficio de ensinar, com tanto gosto e alegria. Tanto nas escolas públicas como nos cursos de línguas espanhol e italiano.

Como diz bem Miguel Arroyo em Oficio de Mestre, se o oficio de mestre é uma arte “no trabalho que me faço... me entalho e me refaço...”Refaço-me torno-me cada dia outro que não o anterior. Talvez melhor, talvez pior, mas com certeza outro. Seja na educação, na família, na faculdade, na política ou com amigos sempre sou um e depois, torno-me outro que se refaz ao conviver.


Esse espaço serve um pouco para isso, mirar al pasado con hojos de nostalgía y creer en futuro harmônico posible...