sexta-feira, 30 de julho de 2010

Caminhadas

   Tenho andando muito. Aqui, lá, acolá. Mas o mesmo timbre sempre. A mesma nota. O mesmo vento. As pessoas todas dizem-se democráticas, respeitosas, sem preconceitos e por ai vai...
   Mas até onde vão? Será que mantém a mesma postura quando algum negro lhe pede emprego? Será que mantém a mesma postura quando um deficiente físico lhe pede ajuda? Darão emprego a um homosexual?Será que tratarão da mesma forma alguém que não é do seu partido político?
   A corporeificação das palavras pelo exemplo parece realmente ser a ponte que falta para ligar o homem com sua humanidade.
   Caminhar, ouvir, falar, ver e apavorar-se. Essa tem sido minha rotina.
   Não sou mais nem menos completo. Não sou mais nem menos imperfeito. Não sou mais nem menos humano. 
   Mas a cada dia assusto-me com a finitude e incoscistência da vida.
   Mas a cada dia assusto-me com a precariedade e superficialidade das convicções.
   Mas a cada dia assusto-me com a acromia dos sorrisos e das almas.
   Cidades de pedras, homens de pedras, relações de pedras, sorrisos de pedras.
   E a cor do vento, da vida, do sorriso, do diálogo, da humanidade...Qual será?

domingo, 25 de julho de 2010

Cautela

    Conversar com uma pessoa pode ser uma tarefa cotidiana e corriqueira para qualquer ser humano. Mas dialogar com as almas e suas humanidades, que estão diante de nós, pode ser uma tarefa muito complexa.
    Ainda que essas primeiras linhas possam ser altamente filosóficas e recheadas de ideias vale  a pena pensarmos um pouco.
    Cotidianamente falamos com dezenas de pessoas. Amigos, colegas de trabalho, pretensos apoiadores, antigos idealistas, futuros parceiros. Mas questiono-me: Com quantos realmente conseguimos dialogar? Com quantos realmente conseguimos cruzar as almas e olhar atrvés das janelas dela? É dificil dizer. Nunca parei para esse exercício. Mas agora vejo que cada vez mais é necessário. Não so falar com os lábios e olhar com os olhos, mas sim dialogar com a alma. Dialogar além dos olhares e dos lábios, mas para dentro das almas.
    Não se trata de fazer um discurso piegas e sentimentalóide, mas sim de refletir sobre uma necessidade cada vez mais urgente para alguém que decide cotidianamente os passos dos outros.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recentemente andei lendo alguma coisa que falava de coragem, experiência, esperança e promessas na gestão pública. Texto oportuno para um ano eleitoral.Alguns se vangloriam de ter apoio de grandes nomes, outros andam com discursos de renovação.
O que sabemos de verdade é aquilo que o passado nos mostrou. Discursos recheados de promessas e de esperança e com cara de paz e amor não resolveram os problemas do estado nem do país. Coragem para comprar brigas históricas, vontade de fazer mais e promessas executáveis foram os ingredientes que realmente fizeram a diferença nas gestões públicas de nosso estado e de nosso país.
Um bom gestor tem que ter experiência de gestão, de eleição e promessas já cumpridas com êxito. Falatório eleitoreiro não convencem mais o eleitor. Pelo menos não a mim. E a você?






quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ausência

   Há quem diga que a ausência é um estar em si. Há quem diga que a ausência é distanciamento. Há quem diga que ausência é simplesmente não se fazer presente.
No meu caso, ou melhor, no caso desse blog, minha ausência pode ser tudo isso misturado: estar em mim, distanciamento e ausencia fisica.
  Nos últimas semanas conectar-me a rede mundial de computadores tem sido um fato esporádico e dedicado única e exclusivamente ao meu trabalho. Rotina de viagens, reuniões e produção acadêmica tem sido intensa.
  Logo logo postarei novas informações sobre esse período de estar em mim.
  Até lá.